sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Quando se perde a esperança, quem a encontra se fortalece!




Que tempos são esses, quando falar sobre flores é quase um crime!” B. Brecht
(10 dias antes de seu aniversário de partida: 14.08.1956)
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/Aos-que-virao-depois-de-nos/12/7490


AOS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS 

A maioria de nós sabemos da situação calamitosa atual de nosso país. Graças ao esforço incansável de nossos especialistas em política econômica e social, sabemos de cabo a rabo o que está acontecendo, como começou, por que começou e a que fim quer chegar. Não temos mais “novidades” a acrescentar para delinear o mapa da corrupção no Brasil. Agora é só “encher linguiça” e “rouba-tempo”, ambas estratégias também. Quem percorreu o tal mapa - por curiosidade ou obrigação -  encontrou tesouros inimagináveis (e cada vez mais) nas mãos de piratas da nação. Como conseguem amealhar tanto, também já sabemos: basta um pouco de história mundial para saber que “desde que o mundo é mundo” a pirataria foi financiada pelos soberanos-reis. Enquanto fosse lucrativa teria a proteção do estado maior, e os piratas, fama e glória.

Algo parecido com o Brasil? Muito.  Piratas surgem e desaparecem, a cada manobra dos podres poderes. Nada de novo. Mas, muito não é tudo. Hoje não mais vivemos em uma monarquia e os muros que separavam a plebe da corte há muito foram derrubados. Não temos mais “um que manda”. O pais é nosso. Porque é uma construção social, é de todos.  De ontem e hoje. E uma construção não resiste se não tiver base sólida, forte. Não resistirá para sempre. E uma nação é para sempre pois que é construída de história de gente.  Um dia num show de mágica um mago falou: “eu faço magia porque quero fazer história”. E eu digo: a grande magia é que histórias não se destroem com as guerras. Essas, matam o homem, jamais a história de força e a bravura de um povo. Bertold Brecht disse que “só os estúpidos se envaidecem em morrer numa guerra"Hoje eu acrescentaria “os desesperançados também”. E é essa parte da história que queremos mudar: a desesperança. 
  
O ensinamento dos nossos estudiosos políticos foi de grande valia. Compreendemos já. 
Agora chegou a hora dos “de baixo”, da base da construção, agir. E’ a vez dos educadores entrar em ação, em pequenos focos, através da educação de base.  E’ o momento de propagarmos as soluções para o problema que já nos foi exposto. Desliguemos o noticiário na TV, pois o diário é sempre o mesmo e precisamos de tempo para falar “aos que virão depois de nós”.

Ação é a palavra de ordem! E o altruísmo é o caminho!

Falemos de flores. Sem medo! Falemos de amor, igual a Jesus, o estranho homem de Nazaré.  Pois só amando ao próximo, como a nós mesmos, entenderemos a dor que é sentir fome, sem precisar senti-la na própria pele. A Física Quântica, 2000 anos depois, vem nos dar uma mãozinha para compreendermos o Mestre dos mestres, provando que toda e qualquer ação humana interfere no conjunto de toda a humanidade (estamos falando de aproximadamente 7 bilhões de vidas submersas no mesmo campo de ondas magnéticas, pois que o vácuo não existe).

Então, fazer o bem não é uma questão de santidade, é de qualidade de vida.  Já bem sabia Jesus.

Segundo dados da pesquisa “Harvesting the Biosphere: The Human Impact” de Vaclav Smil, professor da Univ. de Manitoba: “Nós, humanos, evoluímos para dominar a biosfera. De fato, somos a raça dominante no planeta.”, diz ele.  Logo, a culpa de tudo é nossa. Só nossa.

Podemos escolher entre o bem e o mal, acreditar que existe Deus e o diabo, acreditar se existe vida além dessa ou não. Pouco importa nossas crenças. O oxigênio está aí para provar que nem só do palpável é feita a vida. Aliás, todo palpável, feito pelo homem, e invejado pela cegueira humana, é natureza morta.


Que isso seja ensinado, pela Educação “aos que virão depois de nós”.