domingo, 13 de maio de 2012

DIA DAS MÃES!!!

 Meus filhos no mundo de meu Deus, 2012


DENTRO E DO LADO DE FORA DO AMOR MATERNO!

Olá amigos!! Quase que "forçada" (no bom sentido da palavra, claro!) venho escrever algumas considerações sobre ser Mãe! Não é tarefa fácil porque muitos, ao longo dos séculos, foram os relatos, poesias, romances sobre essa criatura mágica!! Mágica, sim!
Caso contrário, como explicar que um ser mortal, comum, de repente se torna imortal, indestrutível, pleno de poderes e sabedoria?! Uma mãe é realmente tudo isso! E todas estão ai para assinar embaixo o que digo!
Nós, mães, atingimos o inatingível pela nossa prole... lutamos contra o mundo pelos nossos filhos e suportamos todas as dores, se for pelo bem deles, quantas vezes for preciso!

MÃE só pode ser mesmo uma mágica divina porque nunca vi nada tão SIMPLES e tão COMPLEXO de ser.
SIMPLES, porque ao amar seus filhos se torna perfeita aos olhos do Pai.
COMPLEXO, porque essa mesma "criatura-mágica-perfeita" é plena de defeitos do lado de fora do Amor materno.

SIMPLES, porque sabe amar com a grandeza de um anjo.
COMPLEXO, porque não se sabe como aprendeu a amar assim e também porque ela não ama assim do lado de fora do Amor materno.

SIMPLES, porque adquire força e sabedoria de uma deusa dentro desse Amor.
COMPLEXO, porque do lado de fora desse Amor  tem fragilidades que a tornam vulnerável.

SIMPLES, porque claramente se vê que é uma estrela de Deus na Terra!
E COMPLEXO, exatamente por isso!

Feliz dia, irmãs!


sábado, 5 de maio de 2012

Sindrome de Asperger


Amigos, "navegando" encontrei essa jóia de informação. Repasso a todos que, de alguma forma, lidam com crianças e jovens. É uma sindrome que, infelizmente, está se alastrando em nossa realidade "internética" por vezes alienante (tão boa e tão má!).
Mais do que nunca é preciso sabedoria para equilibrar o mundo real e o virtual!
E se posso dar uma dica: Quando não houver, verdadeiramente, nada importante a fazer no computador, vamos buscar interargir com o próximo de carne e osso! Mas atenção!! Muitos de nossos jovens não sabem fazer isso sem nossa ajuda. Não basta querer relacionar-se, é preciso saber (e ter coragem, por que não?) relacionar-se!! Aqui a cooperação dos mais experientes é fundamental, tão fundamental quanto o tratamento clínico!



Síndrome de Asperger (SA)

O que é a Síndrome de Asperger? 

A Síndrome de Asperger é um transtorno de múltiplas funções do psiquismo com afetação principal na área do relacionamento interpessoal e no da comunicação, embora a fala seja relativamente normal. Há ainda interesses e habilidades específicas, o pedantismo, o comportamento estereotipado e repetitivo e distúrbios motores. A Síndrome de Asperger (SA) é uma das entidades categorizadas pela CID-10 no grupo dos Transtornos Invasivos, ou Globais, do Desenvolvimento – F84 e que todas elas iniciam invariavelmente na infância e com comprometimento no desenvolvimento além de serem fortemente relacionadas a maturação do SNC. Pode-se dizer também que desse grupo (Autismo Infantil, Autismo Atípico, Síndrome de Rett e outros menos relevantes) a SA é o transtorno menos grave do continuum autístico .

Quais os sintomas / incidência da S. Asperger?

Gostar de fazer perguntas inadequadas às pessoas não conhecidas; andar desajeitado; postura bizarra de braços e mãos; pouco olhar para o interlocutor; mímica facial e corporal pobre e dissociada da conversa; afetividade superficial; afetividade plana (um paciente analisado referiu que nada o irritava e que nada o incomodava, outro não demonstrou reação ao falecimento da mãe); voz com pouca ou sem modulação (robotizada); fala rebuscada sem a compreensão devida dos termos; persistência no assunto de seu interesse; dificuldade de compreender piadas; compreensão superficial de significados abstratos (p.ex: diferença entre colega e amigo); dificuldade de compreensão do significado de frase quando o diferencial é o tom da voz; ruminações e preocupações ilógicas, para os não afetados; percepção de que é diferente dos colegas e irmãos (a partir da pré-adolescência); conhecimento desproporcional em algum assunto – interesse específico (que pode variar com o tempo); pedantismo (dicionário Aurélio: "aquele que ostenta erudição que não possui, de forma afetada, livresca, rebuscada"); sintomas obsessivos (que inclusive o incomodam); humor deprimido; memória muito boa, as vezes fotográfica; dificuldade na narrativa de fatos vividos, etc.


Quais são os Diagnósticos Diferenciais mais importantes?

Autismo infantil (AI), transtorno esquizóide de personalidade e esquizofrenia infantil. O diagnóstico diferencial mais polêmico é entre AS e Autismo de Alto Funcionamento ou Alto Desempenho (AAF). Também a hipótese de super-dotado é freqüente assim como distúrbios de comportamento não especificados.

Quais as Diferenças Fundamentais entre Autismo Infantil e Síndrome de Asperger?

Essa delimitação é importante quando o quadro de AI é de grau leve, ou sem histórico de atraso na linguagem, algum tipo de habilidade, QI limítrofe, avaliação em idade anterior a 6-8 anos. Na prática siga a "máxima": O autista está isolado em seu próprio mundo. O Asperger está em nosso mundo, porém vivendo seu estilo próprio de forma isolada.

As diferenças fundamentais são:

Gravidade do caso - Retardo Mental - Alterações cognitivas - Atraso significativo da fala 
Uso da 3ª pessoa pronominal (ele, ou seu nome) no lugar da 1ª (eu)
Diagnóstico possível antes dos 3 anos de idade - Diagnóstico de certeza só após 6 anos de idade
QI executivo mais alto - Inteligência verbal - Pedantismo - Busca ativa de interação social
Dá a impressão de possuir um estilo antigo, excêntrico - Pode dar a impressão de super -dotado
Pais com quadro similar

Quais as diferenças mais importantes entre AS e a Esquizofrenia Infantil?

A esquizofrenia infantil é mais rara e mais grave. A presença de delírio é fundamental para o diagnóstico da Esquizofrenia Infantil (EI), que formalmente só poderá ser detectada após os 7 - 8 anos de idade, época em que a criança inicia o desenvolvimento do pensamento lógico-formal.

Alucinações, que podem ser encontradas em idades mais precoces são comuns e freqüentes que podem ser detectadas mesmo quando a criança ainda não fala (é comum a descrição por familiares de que a criança muda sua expressão fisionômica e reage como se algo estivesse ocorrendo, saindo do lugar, gritando, se agarrando aos outros, etc). A EI está comumente relacionada a QI limítrofe ou baixo. Não estão presentes as habilidades especiais. Não há comprometimento da interação social nas idades precoces, assim como não é comum atrasos de linguagem. Na idade adulta a dica é sempre a ausência de delírios e alucinações.


Quando a Super-Dotação Intelectual se impõe como Diagnóstico Diferencial?

A partir da "erudição" que aparentam, das habilidades precoces, do auto-didatismo, da hiperlexia freqüentemente presente (capacidade de aprender a ler muito cedo – a partir de 2 anos). Diagnóstico diferencial importante pois agrada os pais e usualmente é estabelecido por quem não possui experiência com esse grupo de Transtornos.


Como são os Tratamentos?

O tratamento otimizado parte do princípio fundamental de identificar co-morbidades psiquiátricas, neurológicas, neuro-psicológicas, o desenvolvimento de programas pedagógicos, orientação à família e a escola. Importante não relevar o tratamento dentário (Obs: Bruxismo, por ex., denota sofrimento noturno) (Grifo e observação minha, não dos autores do trabalho).

A partir do diagnóstico, deve-se buscar otimizar suas capacidades ao invés da cura dos comprometimentos, que são natos. Para isso é importante precisar o QI executivo, o QI verbal, realizar testes neuro-psicológicos (cognição, memória, atenção, planejamento, execução, etc,), descobrir suas dificuldades na escola, no mundo social e na comunicação, assim como as dificuldades  familiares para lidar com a situação. Ou seja, deve-se construir um "pool" de trabalho em torno da situação.

É importante que a pessoa afetada aprenda: a melhorar sua comunicação social (como abordar socialmente pessoas, que devem dar ao outro a vez na conversa, que devem olhar para as pessoas quando conversam com elas, que devem despedir-se, etc); que o outro tem intenções que são diferentes das suas e que deve saber quais são e como fazer para saber (p.ex.: perguntando); a relatar uma situação vivenciada; a lidar com a equação ansiedade / frustração evitando comportamentos catastróficos; a identificar situações novas; a desenvolver estratégias para solução de problemas cotidianos (p.ex.: alguém pergunta: como vai? – explicar que a pergunta refere-se a se a pessoa está sentindo-se bem e não se ela está indo a pé, de ônibus ou não está indo mas chegando – compreensão literal das palavras, distúrbio da pragmática); a desenvolver uma auto-suficiência; a promover uma crítica de seu desempenho para manter sua estima elevada; a generalizar o conhecimento; etc.

A família deve ser esclarecida sobre a gravidade da doença do filho, a "lógica" da SA, seus pontos de fragilidade e as habilidades, a importância da participação, a vida adulta e as possibilidades no trabalho. Uma questão importante é a criação de Associações de Pais que promovam a divulgação da Síndrome para a sociedade e que defendam seus interesses (p.ex.: criação de Cooperativas de Trabalho). Referente a escola, lembre-se que não necessitam de Escolas Especializadas, o que implica que a comunidade da Escola regular precisará ser orientada para promover a convivência com as discrepâncias e bizarrices do portador de SA, suas dificuldades executivas (p.ex.: incapacidade ou extremo comprometimento de escrita, necessitando de uma máquina de escrever ou um computador), pedagógicas, psicológicas, etc.

Fonte: Parte do trabalho de Ehlers & Gillberg , realizado nas escolas de 1 o grau de uma cidade com predominância de classe média.

Grande beijo!



sexta-feira, 4 de maio de 2012

AMARELINHA

Olá, amigos de ideal!! Hoje acordei criança! Hehe... me explico! Acordei com aquela sensação de leveza que comumente as crianças possuem. Claro que essa sensação vai passar, eu sei... Infelizmente passará, direi. Mas, quando ela chega, e eu decido acolhê-la, sempre surge um bom "resultado". Hoje não foi diferente. Veio uma simpática poesia infantil que condivido com voces.
(Foto: Eu e minha filha Manuela apresentando minha peça infantil "A Festa da Cutia, Itália, 2011)

AMARELINHA

Amarela, amarelinha
Vai pulando a menininha
Pula de casa em casa
Atira a pedrinha rasa
Saltando até o céu

No céu descansa um instante
Seu olhar é radiante!
Visita, será, São Pedro?
Ninguém desvenda o segredo
De semblante tão feliz!

Meia volta num só pé
(nem liga se tem chulé!)
Volta por outro caminho
Lança a pedra num cantinho
Cuidando com a pontaria

Pinota que nem saci
E vai contente a sorrir
Esperar sua outra vez
Numa atitude cortês
No final da grande fila

Eu da janela observo
Divirto-me, não nego
Mas me confunde a visão...
Na minha imaginação
Vejo anjos a brincar!

Ah, se em todas calçadas
De todas as esplanadas
Tivesse uma amarelinha
E um bando de criancinhas
Pulando do céu ao chão...

O Céu seria mais perto
E nós, adultos,
De certo
Mais pertos da Perfeição!